Voz do paciente nos cuidados paliativos

Nos momentos delicados em que a jornada da vida se aproxima de seu término, os cuidados paliativos se revelam como um farol de suporte e compaixão para todas as pessoas envolvidas, desde o paciente até seus familiares.

Nessa trajetória, a voz do paciente emerge como um guia fundamental para direcionar o cuidado de forma a garantir o máximo conforto e respeito. Especialmente, porque os cuidados paliativos são uma abordagem e humanizada para cuidar daqueles que enfrentam doenças graves e ameaçadoras à vida.

Dito isso, o paciente é muito mais do que um destinatário passivo de cuidados. Assim, a voz do paciente se torna uma peça central no processo.

A voz do paciente e a identificação de necessidades

A voz do paciente vai além das palavras faladas. Ou seja, é a expressão de suas necessidades, desejos, medos e esperanças. É por meio dessa voz que os profissionais de cuidados paliativos podem identificar o que realmente importa para o paciente.

Dessa forma, pode incluir preferências sobre tratamentos, desejos de estar cercado por entes queridos, crenças espirituais ou simples prazeres que podem trazer conforto em meio a momentos difíceis.

Ao dar voz ao paciente e espaço para suas vontades, os cuidados paliativos se tornam mais do que apenas procedimentos médicos. Logo, transformam-se em uma experiência individualizada que respeita a dignidade e a autonomia da pessoa.

Escuta e compreensão em prol do conforto

A voz do paciente também inclui suas preocupações emocionais e psicológicas. Cuidados paliativos não são apenas sobre aliviar sintomas físicos, mas também sobre criar um espaço onde os pacientes possam compartilhar seus sentimentos sem julgamento.

A equipe multidisciplinar em cuidados paliativos deve estar ciente disso, não apenas ouvindo os pacientes, mas também compreendendo e respeitando suas necessidades emocionais.

Além disso, nos estágios finais da vida, a voz do paciente pode se manifestar de maneiras sutis, como expressões faciais, toques ou olhares. É essencial que a equipe de cuidados paliativos esteja atenta a essas nuances. Ao ouvir ativamente, respeitar as escolhas e necessidades do paciente, criamos um ambiente onde o conforto é possível, bem como uma despedida digna com compaixão.